SONETO PREFABRICADO
A Isabela - 1975
Ofereço em um sonho púrpura-escarlate
uma sangrenta rosa para uma donzela;
e enquanto a dura mão em vão se abate
sobre o terno ombro moreno de Estela;
E enquanto a orgia (se sucede)
nas mundanas tormentas, aquecidos
corpos nus nas tabernas se embebem
de amor, ódio, prisão e suicídio;
Estela, doce musa desta plaga
desta praga ultraceleste que me invade
e como louco então eu grito nesta saga:
Estela! Volte para ser meu ser, meu ter,
meu ter, meu querer e meu viver,
para enfim felicidade eu conhecer.